Ao longo dos últimos anos, o aumento da taxa de juros tem impactado diretamente o poder de compra do consumidor brasileiro, especialmente quando o assunto é adquirir um veículo.
Comprar um carro – seja novo, seminovo ou usado – exige planejamento financeiro, e as oscilações nas taxas de crédito podem tornar esse sonho mais distante. Afinal, quanto maiores os juros, maior o custo total da compra parcelada.
Quer entender melhor sobre a influência dos juros na sua compra automotiva? Então, acompanhe a leitura!
Acompanhe o aumento da taxa de juros do mercado
A taxa de juros é um dos principais indicadores econômicos que influenciam o comportamento de consumo e de investimento no país. No Brasil, ela é determinada principalmente pela Taxa Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que serve como referência para todas as demais operações financeiras.
Quando a inflação sobe, o Banco Central costuma aumentar a Selic para conter o consumo e equilibrar os preços. No entanto, esse movimento afeta diretamente o acesso ao crédito. Isso porque os bancos e financeiras repassam esse aumento para os consumidores, elevando os juros em empréstimos e financiamentos – inclusive os voltados para a compra de automóveis.
Atualmente, o mercado vive um cenário de cautela. Na prática, as taxas de juros para o financiamento de carros novos e usados atingiram níveis historicamente altos, o que desestimula as vendas e torna o crédito mais restrito.
Para entender o impacto disso, basta observar que uma taxa aparentemente pequena, quando aplicada a longo prazo, pode aumentar o custo final do carro em dezenas de milhares de reais. Por exemplo: um veículo de R$ 100 mil, financiado em 60 meses com juros elevados, pode acabar custando quase o dobro ao final do contrato.
O aumento da taxa de juros tem influenciado a compra de carros?
Sim e de forma significativa! De acordo com a Quatro Rodas, o aumento recorde das taxas de juros para financiamento já está refletindo diretamente nas vendas do setor automotivo.
As concessionárias têm registrado uma redução nas negociações via crédito, especialmente em segmentos de maior valor, como SUVs e sedãs. O consumidor, diante das parcelas elevadas e da necessidade de entrada cada vez maior, adia o sonho de trocar ou adquirir o primeiro carro.
Outro ponto relevante é que os bancos estão mais rigorosos na concessão de crédito. Isso significa que muitas pessoas, mesmo com bom histórico financeiro, enfrentam dificuldades para conseguir aprovação em financiamentos automotivos.
O resultado é uma desaceleração nas vendas e um aumento da procura por alternativas mais vantajosas e acessíveis, como o consórcio de automóveis – uma modalidade que vem ganhando destaque justamente por não cobrar juros.
Como fugir do aumento da taxa de juros?
Diante desse cenário, uma das melhores estratégias para comprar um carro sem ser prejudicado pelo aumento da taxa de juros é optar pelo consórcio.
Diferente do financiamento, o consórcio é uma forma de planejamento de compra sem juros, em que os participantes contribuem mensalmente para um fundo comum administrado por uma empresa autorizada pelo Banco Central.
Cada mês, os consorciados participam de assembleias, nas quais podem ser contemplados por meio de sorteio ou lance. Ao serem contemplados, recebem uma carta de crédito, que pode ser usada para adquirir o veículo desejado à vista diretamente na concessionária.
A principal vantagem do consórcio é que ele não sofre os impactos diretos do aumento da taxa de juros. Como as parcelas são calculadas apenas com base no valor do bem e nas taxas administrativas, o custo total é muito mais acessível do que em um financiamento.
Além disso, o consórcio oferece:
Planejamento financeiro inteligente: o consumidor compra com calma, sem se endividar com juros.
Flexibilidade na escolha do veículo: a carta de crédito pode ser usada para diferentes modelos e marcas.
Poder de compra à vista: ao ser contemplado, o participante negocia descontos e condições especiais com as concessionárias.
Segurança e transparência: o sistema de consórcio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central do Brasil.
Em outras palavras, o consórcio transforma o desejo de ter um carro em um investimento planejado, evitando o impacto negativo da alta dos juros e permitindo uma compra mais equilibrada.
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